Em uma viagem que fomos apenas, Eu, meu pai, meu avô e a madrasta
do meu pai, para Agenor de Campos, meu pai prometeu que iríamos pescar, mas,
meio desanimado, pois acreditava que teria que voltar 2 horas após
iniciada a pescaria, pois um menininho de 6 anos não agüentaria pescar durante
algumas horas, sem falar no frio, vento, fome, etc... a História esta completa
32 anos em 2019, mas em minhas lembranças ela é tão clara como a lua daquele
dia, que diga-se de passagem, foi uma das mais bonitas que vi até hoje.
No meio da tarde, começamos a montar o sistema, com 3 anzóis e um
chumbo gota, não entendia o motivo, mas meu pai me explicou como eu deveria
fazer e eu montei o meu sistema de pesca. Amarrei bem e depois ele revisou
tudo, mas, não teve que refazer. Me lembro da ansiedade tomando conta e da
vontade de fazer uma aventura acompanhado do meu herói.
Depois de prepararmos os equipamentos, meu pai me obrigou a
dormir, para que a noite não tivesse sono, acredito que ele pensava em ganhar
mais alguns minutos, antes de ter que desistir da pescaria em pró do sono do
filho, mas eu não consegui dormir , a ansiedade era muito grande, e quando ele
acordou percebeu que eu não havia dormido e notei uma ponta de desanimo.
Quando o Sol baixou, mas o dia ainda era claro, nos colocamos a
caminhar até a plataforma, cerca de uns 500 metros até lá. Lembro do caminho
pelas ruas de areia, que ainda era muito quente e durante o trajeto um morador
gritando que havia um Teiú no caminho, que mais parecia um Jacaré, o que tornou
a aventura mais perigosa... rsrsrsrs
Chegando a plataforma, não avançamos muito, ficamos logo após a
arrebentação do lado esquerdo de quem entra, não estava frio, o vento era
forte, o cheiro do mar, o silêncio (meu pai dizia o tempo todo que deveríamos
ficar quietos para não atrapalhar os outros pescadores e espantar os peixes,
mas acho que era só pra não atrapalhar mesmo) engatamos os anzóis com cuidado,
ele me explicou como inserir os camarões e como fazer o arremesso.
Alí com a linha na água, esticadinha, quando senti o balanço do
mar, ele me pediu calma e disse que aquilo não era o peixe, mas que eu saberia
quando fosse.
Lembro de fazer alguns arremessos, de imitar ele, observando os
movimentos de arremesso, puxada, enrolava, como manusear o molinete e o
equipamento, mas eu não sentia nada além do balanço do mar...
OBS.: As fotos são recentes, de uma pescaria que efetuamos nos ultimos dias de 2018... em breve escreverei sobre ela...
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