A tragédia de Mariana - MG foi apenas o início de uma das maiores catástrofes ambientais da história do Brasil, os rejeitos das barragens rompidas atingiu a foz do Rio Doce e se espalhou por mais de 400KM de extensão, carregando metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro, mercúrio e outros itens da tabela periódica. O Resultado disso é que o Rio Doce está morto.
Pescadores da região criaram uma força-tarefa para tentar combater o problema. A Operação, chamada Arca de Noé atuou em regiões da bacia hidrográfica do Rio Doce, antes de serem atingidos pela enxurrada, transferindo os peixes para lagoas de água limpa utilizando caixas, caçambas e lonas plásticas. Porém especialistas estimam que das 73 espécies existentes no rio, 11 espécies nativas, tenham sido extintas, além das espécies de plantas aquáticas e que ficam as margens dos rios, que também estão sendo mortas.
Todas as amostras recolhidas ao longo do rio, onde os rejeitos atingiram e contaminaram, apresentaram impossibilidade de tratamento. Cidades que captam, a água do rio para tratamento e distribuição interromperam a captação e estão passando por sérios problemas de falta de abastecimento.
Ao visitar os locais atingidos pelo rompimento, a presidente declarou o valor da multa a ser cobrada dos responsáveis, mas até o momento não foi apresentado nenhum projeto oficial de revitalização, não foi apresentado nenhuma alternativa oficial ou saída para esta situação, e o pior, ninguém foi preso.
Por fim, espera-se que a lama, ao atingir o mar, afete diretamente a vida marinha na região do Espírito Santo onde o Rio Doce encontra o oceano. Biólogos temem os efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de Abrolhos, um local com grande variedade de espécies marinhas. A foz do Rio Doce, também é uma importante área de concentração de desovas da tartaruga gigante. Assim, tão logo tomou conhecimento da tragédia o projeto Tamar iniciou ações para transferir os ninhos das tartarugas para longe destes locais.
A equipe Nó de Pesca reza para que as autoridades tenham consciência de que mais do que nunca preservar é preciso, que ouçam estudiosos e especialistas para que um dia o Rio Doce possa ser novamente um local de vida, fazendo jus ao nome RIO DOCE.
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